Os constantes conflitos entre israelenses e palestinos podem ser justificados pelo instinto humano à sobrevivência, levando o homem ao ataque. A explicação para a ocorrência desses conflitos se baseia na teoria do filósofo e teórico político Thomas Hobbes. Segundo Hobbes, o homem vive em um Estado de Natureza. O motivo pelo qual a raça humana parte para guerrear seria a inexistência de regras nesse Estado, gerando uma tensão permanente.
No caso israelense e palestino o conflito se acentuou e passou a ter grande repercussão mundial com a criação do Estado de Israel em 1948. De acordo com Hobbes, nesse momento o contrato social é firmado, saindo do Estado de Natureza e criando a sociedade e o Estado. No contrato os homens abrem mão do seu direito à liberdade irrestrita. A lei, criada pelo soberano (governo israelense), passa a limitar o direito à liberdade.
Como os palestinos nunca concordaram com a criação de um governo israelense em um território considerado seu, eles criaram um “Estado dentro de um Estado”. Esse “Estado”, a Autoridade Nacional da Palestina (ANP), é acusada por Israel de não se esforçar para combater os atos terroristas. Segundo a teoria de Hobbes, os atos dos grupos considerados terroristas têm como objetivo causar o medo que é uma forma de manutenção do poder. Com isso, o Hamas, organização palestina que atua nas áreas de política assistência social e militar, se impõe sobre o Estado israelense tentando mostrar o seu poder. Então, esse grupo acusado de ser terrorista, tenta impor os seus objetivos através do medo físico. Por último, se o homem contemporâneo levasse com todas as letras a teoria de Hobbes, o Hamas não precisaria justificar com argumentos as suas decisões.
Ao longo da existência do Estado de Israel ele enfrentou inúmeras guerras como a Guerra dos Seis Dias. O conflito opôs Israel e os países árabes, os quais defendiam a destruição de Israel. A justificativa para a guerra, segundo Hobbes, é que o equilíbrio tende a ser desfeito porque como os homens os Estados buscam honra e glória. A guerra é um fator de organização social. No momento que se declara guerra, indivíduo se une com outros que tenham o mesmo inimigo em comum. No caso israelense os palestinos se uniram com os países árabes: Egito, Jordânia e Síria. A existência de um inimigo comum torna possível assemelhar-se aos indivíduos parecidos, formando uma união política.